quarta-feira, 28 de maio de 2014

Os Equinodermes Introdução:

Os equinodermes, que incluem entre outros, as estrelas-do-mar e os ouriços-do-mar, situam-se entre os invertebrados marinhos mais conhecidos. Actualmente, os equinodermes englobam cerca de 6000 espécies; a este número deverão ser adicionadas cerca de 16000 espécies conhecidas apenas pelos registros fosséis.

Na sua maioria, os equinodermes são espécies bentónicas marinhas, conhecendo-se apenas algumas espécies estuarinas e nenhuma espécie de água doce. A invasão da terra e da água doce foi-lhes vedada, dada a forma como se processam as trocas gasosas e a inexistência de estruturas de osmorregulação. Contudo, no ambiente marinho são amplamente distribuídos, não apenas geograficamente mas também em profundidade.

Os equinodermes têm cores muito diversas. As suas dimensões podem variar, desde menos de 1 cm de alguns pepinos-do-mar (holotúrias), até 1 metro de diâmetro de algumas estrelas-do-mar ou 2 metros de comprimento de algumas holotúrias.

Os equinodermes possuem as seguintes características mais marcantes: (1) um esqueleto interno (endoesqueleto), bem desenvolvido e espinhoso, formado porossículos constituídos sobretudo por carbonato de cálcio (95%) e por uma pequena percentagem de carbonato de magnésio (até 15%); (2) um sistema hidro-vascular (sistema ambulacrário) derivado do celoma que desempenha diversas funções e que forma um conjunto complexo de canais e reservatórios; (3)pedicelários, (4) brânquias dérmicas e (5) simetria radiada, geralmente pentarradiada no adulto (as larvas têm simetria bilateral).

Não existe nenhum outro grupo de animais com a complexidade estrutural dos equinodermes que tenha este tipo de simetria. Parece existir evidência de que os equinodermes tiveram antepassados com simetria bilateral (as larvas possuem-na). Para muitos zoólogos, a simetria radiada do adulto constitui uma adaptação à vida sedentária. Contudo, pelo menos três grupos de equinodermes (dois grupos de ouriços e os pepinos-do-mar) desenvolveram secundariamente formas com uma organização bilateral, apesar de muitos órgãos e do esqueleto manterem a organização pentarradiada.

Os equinodermes são um grupo muito antigo, conhecido pelo menos desde o período Câbrico (há cerca de 550 milhões de anos). Contudo, durante cerca de 100 anos foram colocados em grupos animais diversos, incluindo os moluscos e os cnidários. Em 1847 foram reconhecidos como um grupo (taxon) distinto (phylumEchinodermata). A controvérsia relativa à sua classificação continuou a persistir, mas agora dentro do próprio phylum. Alguns esquemas de classificação reconhecem a existência de 25 classes, outros reconhecem menos. Uma análise mais recente, baseada tanto nos exemplares fósseis como nas espécies actuais, sugere a existência de 6 classes nas formas vivas: Asteroidea (asteróides ou estrelas-do-mar), Ophiuroidea (ofiurídeos ou serpentes-do-mar), Echinoidea (equinóides ou ouriços), Holothuroidea (holotúrias ou pepinos-do-mar), Crinoidea (crinóides) e Concentricycloidea (concentriciclóides ou margaridas-do-mar; grupo pouco conhecido descoberto em 1983). Esta classificação não é aceite universalmente, mas é seguida por muitos autores. Foi esta classificação que aqui se considerou.


Bibliografia:http://www.biorede.pt/page.asp?id=3347

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