sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Biologia sintética no mercado

Produtos de varejo contendo ingredientes fabricados com o uso de uma técnica avançada de engenharia, conhecida por biologia sintética, começam a aparecer nas prateleiras das lojas.
Um detergente líquido para lavar roupas da Ecover, empresa belga, contém um óleo produzido por algas cujo código genético foi alterado com a aplicação da biologia sintética. A sequência de DNA da alga foi alterada em laboratório, segundo Tom Domen, gerente da Ecover. A empresa classifica o óleo à base de algas como um substituto “natural” para o óleo de palmiste.
A biologia sintética, destinada originalmente à produção de biocombustíveis, existe há 20 anos, mas só recentemente passou a ser usada em segmentos como cosméticos, sabores e fragrâncias.
A Unilever anunciou pouco tempo atrás que estava usando óleo de algas de uma empresa chamada Solazyme na composição do seu popular sabonete Lux. Mas, em um exemplo de como as empresas podem estar receosas em divulgar o uso da biologia sintética, não está claro se o óleo no Lux foi criado a partir de um processo sintético.
A Solazyme revela que usa substâncias como o coalho, empregado também na fabricação de queijos e que requer uma enzima chamada quimosina. Os estômagos de bezerros eram normalmente utilizados para a obtenção dessa enzima. Mas, desde o final dos anos 1990, a quimosina tem sido gerada por um micróbio cujo código genético foi alterado com a inserção de um gene bovino. Esse processo é o mais utilizado nos EUA.
Mas a biologia sintética envolve técnicas que alteram o código genético de forma mais ampla. Entre elas, a “síntese de genes artificial” —na qual o DNA é criado em computadores e inserido em organismos— e outros métodos de mudança das sequências de DNA e dos genes para alterar suas funções. Tais técnicas são usadas para induzir bactérias, fungos e outros organismos a produzir substâncias que eles normalmente não produzem.
De acordo com o ETC Group, organização que estuda novas tecnologias, a Ecover é a única companhia que confirma publicamente o uso da biologia sintética para criar um ingrediente de um produto específico, seu detergente Ecover Natural Laundry Liquid.
A Ecover compra o óleo de algas da Solazyme, que antes se apresentava como uma empresa de biologia sintética, mas retirou o termo de seu site. A Solazyme descreve o organismo que produz o óleo como “uma cepa otimizada” de algas unicelulares “que existem há mais tempo do que nós”.
“Usamos a biologia molecular e a fermentação industrial para produzir óleos de algas renováveis e sustentáveis, que ajudam a aliviar a pressão sobre os frágeis ecossistemas próximos à linha do equador”, disse Jill Johnson, diretor de sustentabilidade da empresa.
Ambientalistas e grupos de consumidores, no entanto, querem que a Ecover informe o uso da biologia sintética em seu novo óleo. Os grupos reconhecem que o óleo Solazyme em si não contém ingredientes geneticamente modificados no significado convencional do termo. Na verdade, o organismo que produz o óleo é que foi alterado geneticamente.
Mas eles argumentam que etiquetar produtos que contêm tais ingredientes como “naturais” dá uma falsa impressão.
Atualmente, esse mercado está desregulado. Um comitê científico da Convenção sobre Diversidade Biológica da ONU deve discutir esse florescente campo científico e as potenciais implicações regulatórias em um encontro neste mês.
Domen disse que já houve um debate interno sobre o uso do óleo de algas, mas que os benefícios ambientais se sobrepõem às preocupações sobre qualquer reação negativa dos consumidores.
A Ecover diz que está trabalhando “para identificar a melhor forma de passar essa informação” na rotulagem de seu detergente.
Bibliografia:http://www.gazetadopovo.com.br/mundo/new-york-times/conteudo.phtml?id=1477018&tit=Tecnica-de-biologia-sintetica-chega-a-prateleiras-das-lojas

Engenharia genética vs biologia sintética


As duas áreas são diferentes. Na engenharia genética, o principal objetivo é alterar organismos inserindo em seu DNA genes que lhes dão novas características (soja, milho, tomate e outros vegetais resistentes a determinadas pragas que atacam as lavouras ou com enriquecimentos nutricionais, por exemplo). De início, é preciso identificar o gene de interesse em organismos naturais, como o gene de resistência a um herbicida presente em uma bactéria. O gene é então inserido em outro organismo, como um ‘transplante molecular’, o que resulta em um ser transgênico. Os produtos da engenharia genética já são reais há anos, seja em plantas transgênicas cultivadas e consumidas no mundo todo ou na produção de medicamentos (insulina e outros).


Esquema biologia sintética

Na engenharia genética, um gene é isolado de um organismo natural e inserido em um novo hospedeiro, conferindo-lhe a característica desejada. Na biologia sintética, vários genes são selecionados para construir circuitos gênicos, que serão testados e inseridos no hospedeiro para gerar as aplicações de interesse. 

Na biologia sintética, os passos intermediários entre o isolamento dos genes de interesse e a geração do produto final mudam totalmente. Em primeiro lugar, a grande complexidade dos sistemas construídos nessa nova área requer uma ampla coleção de genes com diferentes funções. Além disso, estes precisam ser conectados uns aos outros, em um processo denominado ‘padronização’ – é como converter os genes em peças encaixáveis, semelhantes às de um quebra-cabeça ou brinquedo de montar. Após a padronização, as peças selecionadas são usadas para construir circuitos gênicos, que funcionam como circuitos eletrônicos. Uma vez implantados nos organismos hospedeiros, esses circuitos permitem a realização das tarefas específicas desejadas pelos pesquisadores.
Antes da introdução do circuito de genes no hospedeiro final, são elaborados modelos matemáticos que permitem simular seu comportamento em computadores. Isso possibilita revisar o projeto de engenharia e fazer modificações que melhorem o desempenho. Após confirmar, em novas simulações, que o sistema funciona como desejado, ele é introduzido nos hospedeiros adequados, que podem ser bactérias, plantas ou até células de mamíferos. 
Os ciclos de padronização-simulação-validação compõem a grande inovação que a biologia sintética proporciona para a engenharia de sistemas biológicos e envolvem a colaboração entre profissionais de diferentes campos, como biologia, agronomia, medicina, física, matemática e química. 
As possibilidades dessa engenharia de sistemas biológicos são tão amplas que a imaginação parece ser o limite para o que é possível realizar. Os exemplos citados no início deste artigo, por exemplo, parecem exercícios de futurologia, mas são resultados reais. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley (EUA), desenvolveram um circuito gênico que, implantado na bactériaEscherichia coli, permite que esta reconheça e invada células cancerígenas, atuando como um sistema que direciona a liberação de drogas em tumores. Em outro trabalho, na Universidade de Emory (EUA), foi desenvolvida uma bactéria capaz de ‘nadar’ em direção a um poluente ambiental e liberar enzimas que degradam esse composto – gerando, portanto, um processo de biorremediação.
Outros exemplos têm aparecido em publicações científicas, com frequência cada vez maior. A maior parte das aplicações obtidas ainda não chegou ao nosso cotidiano, mas os estudos comprovam que esses cenários são possíveis. Um produto da biologia sintética que já começou a ser produzido é um medicamento destinado a combater a malária. A droga artemisina, antes extraída de plantas, está sendo obtida com o uso de circuitos construídos por engenharia gênica: um precursor da substância é produzido por uma levedura reprogramada e transformado em artemisina por outros processos. O processo torna o medicamento mais barato e permite um fornecimento mais estável, o que deverá ajudar no controle da doença.
A velocidade com que vêm surgindo novos resultados das pesquisas em biologia sintética indica que esse novo campo, em poucos anos, poderá gerar muitos outros produtos, com diferentes aplicações, trazendo efetivos benefícios à sociedade.

Bibliografia:http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2014/315/desafios-da-biologia-sintetica


O que é biologia sintética?

Apesar de não ter uma definição precisa , muitos consideram a Biologia Sintética como uma nova abordagem de Engenharia Genética ou simplesmente uma nova fase da Bioengenharia. Essa nova abordagem consiste em fazer o que chamávamos de "Engenharia Genética" ser de fato uma engenharia, utilizando conceitos fundamentais—como camadas de abstração, padronização de códigos, design orientado ao usuário e busca de alternativas mais baratas e reproduzíveis de desenvolvimento de projetos—para modificar (micro)organismos buscando uma aplicação prática para resolução de problemas. Biologia Sintética não se trata apenas de técnicas ou metodologias novas, mas de como aplicar, utilizar e desenvolver as mesmas.

Essa nova fase da Biotecnologia é principalmente resultado de projetos Big Data (grande (volume) de dados) e da diminuição de custos para sequenciar e sintetizar códigos genéticos . Tal situação facilitou as possibilidades de construção e análise de novas sequências de DNA. São tecnologias fundamentais que propiciaram o ambiente interdisciplinar da biotecnologia de ponta a desenvolver novas abordagens para facilitar e acelerar o desenvolvimento de projetos na área.

O termo “Biologia Sintética”, usado inicialmente em 1912 (e quase não sendo usado em publicações até o início dos anos 2000), renasceu principalmente a partir da união interdisciplinar de biólogos e engenheiros elétricos na região de Boston nos EUA em 2003, mesma época e local onde se originou o iGEM. Ganhou ainda mais frequência em publicações científicas, bem como na mídia, após o anúncio da construção de uma célula com DNA completamente sintetizado quimicamente em 2009 , gerando outro uso ao termo: reconstrução genômica com DNA quimicamente sintetizado .

Ainda há um grande caminho para se desenvolver sistemas biológicos perfeitamente engenheiráveis e preditíveis , contudo enormes avanços e excelentes resultados já foram obtidos utilizando-se a abordagem da Biologia Sintética, como por exemplo o desenvolvimento mais acessível da Artemisina (medicamento contra malária) por biossíntese via micro-organismos engenheirados .
Faz parte do processo de design proposto pela Biologia Sintética construir invenções humanas mais seguras. Há a preocupação da comunidade internacional em observar como um micro-organismo modificado poderia interagir com o ambiente: qual é seu grau de adaptação ambiental, seu potencial evolutivo e, principalmente, como conter o “vazamento” da informação genética para outros micro-organismos . Nesse sentindo, existe um esforço que atende à necessidade da educação a respeito do tema, no qual o iGEM e outras iniciativas operam, levando informações ao público para evitar políticas baseadas no preconceito e na falta de informação que possam interromper o desenvolvimento da Biologia Sintética,uma ferramenta potencialmente poderosa para os desafios de saúde global e problemas ecológicos .

Bbliografia: http://synbiobrasil.org/st/o_que/

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Conclusão:A importância dos fungos

Os fungos são organismos eucariontes que apresentam nutrição heterotrófica, ou seja, não conseguem produzir seu próprio alimento. Seus principais representantes são os cogumelos, orelhas-de-pau, leveduras e bolores. Algumas espécies de fungos trazem grandes prejuízos aos seres humanos, como a deterioração de alimentos, doenças como candidíase, pano branco, micoses, aspergilose pulmonar etc., no entanto, outras espécies são extremamente importantes, como veremos a seguir.
Como dissemos anteriormente, os fungos são organismos heterótrofos e se alimentam de moléculas orgânicas retiradas da matéria orgânica. Essa matéria orgânica da qual eles retiram essas moléculas é proveniente de cadáveres e restos de plantas e animais. Por esse motivo, eles são chamados de saprófagos e, juntamente com as bactérias, decompõem a matéria orgânica, fazendo a reciclagem de nutrientes na natureza e impedindo o acúmulo de lixo orgânico.
Algumas espécies de fungos como o Agaricus campestris e o Lentinus edodes, conhecidos respectivamente como champignon e shitake, são amplamente utilizados no preparo de diversos pratos da gastronomia.
Além desses fungos, há os que são utilizados na fabricação de queijos, como o Penicillium roqueforti,utilizado na produção do queijo roquefort, e o Penicillium camembertii, utilizado na fabricação do queijo camembert.
Já as leveduras, como o Saccharomyces cerevisae, são empregadas na fabricação de alimentos como pães, roscas, bolos etc. Elas são utilizadas como fermento, pois conferem à massa leveza e maciez. Em bebidas alcoólicas, como a cerveja, uísque e saquê, o Saccharomyces cerevisae também é empregado, mas na produção de vinho, o fungo utilizado é o Saccharomyces ellipsoideus.
Além de serem importantes como decompositores, na indústria alimentícia e de bebidas, os fungos também são muito importantes na indústria farmacêutica, na produção de antibióticos como a penicilina, descoberta por Alexander Fleming no ano de 1929, que é amplamente empregada nos dias atuais.

Micorrizas

Micorrizas em raízes de plantas

Algumas espécies de fungos podem estabelecer associações mutualísticas com outros organismos, e asmicorrizas são uma dessas associações. Quando um fungo, na maioria das vezes basidiomicetos, estabelece uma associação com as raízes de algumas espécies de plantas, temos as chamadas micorrizas, que são divididas em dois grandes grupos: ectomicorrizas eendomicorrizas, classificadas de acordo com o aspecto morfológico e anatômico de colonização das raízes da planta pelo fungo.
As ectomicorrizas são formadas principalmente por fungos basidiomicetos e ascomicetos, e ocorrem em cerca de 3% das fanerógamas (Meyer, 1973); e nas regiões temperadas, onde o clima é mais frio, em 90% das espécies florestais. No Brasil, as ectomicorrizas ocorrem principalmente em espécies exploradas economicamente, como PinusEucalyptus Acassia mangium.
Nas ectomicorrizas, os fungos que se associam às raízes não penetram nas células vivas das raízes; e as hifas crescem entre as células do córtex da raiz, formando uma estrutura característica, a rede de Hartig. As raízes de vegetais com ectomicorrizas são desprovidas de pelos e a função deles é desempenhada pelas hifas do fungo.
As endomicorrizassão mais encontradas do que as ectomicorrizas, ocorrendo em aproximadamente 80% das plantas vasculares. O fungo componente dessa associação é um zigomiceto, e esse fungo penetra nas células corticais da raiz da planta, onde forma estruturas muito ramificadas. As endomicorrizas são frequentemente chamadas de fungos micorrízicos arbusculares, cujas hifas se estendem pelo solo por vários centímetros, aumentando significativamente a quantidade de nutrientes essenciais e fosfato necessário ao desenvolvimento da planta.
Muitos estudos feitos por especialistas comprovaram que a colonização das raízes por fungos micorrízicos aumenta consideravelmente a produtividade de diversos vegetais em solos de baixa fertilidade. Isso se deve à maior absorção de nutrientes, como fósforo, zinco e cobre, essenciais ao desenvolvimento do vegetal. Por sua vez, o fungo também se beneficia muito com essa associação, pois consegue se nutrir de açúcares, aminoácidos e outras substâncias orgânicas que os vegetais produzem através da fotossíntese.

Bibilografia:http://www.brasilescola.com/biologia/a-importancia-dos-fungos-para-os-seres-humanos.htm
http://www.brasilescola.com/biologia/micorrizas.htm

Classe reino fungi:Basidiomycetes

Não produzem zoóides. Diferenciam um tipo especial de esporos (basidiósporos) que são meióticos ou sexuados e de natureza externa. Micélio septado, podendo passar por três fases. Os fungos deste grupo incluem os cogumelos (Homo) e as ferrugens (Hetero).
Sub-Classe Homobasidiomycetidae - Exemplar típico: Agaricus spp.


Produzem basidiocarpos. Quase todos os fungos comestíveis conhecidos e também inúmeros fungos venenosos pertencem a essa subclasse. Entre os primeiros, podemos citar o tão apreciado champignon (Agaricus sp.) e o parasol (Macrolepiota procera), entre os venenosos as espécies de Amanita ou Inocybe patoullardiPsilocybe mexicana produz os alucinógenos psilocibina e psilocina, usados em rituais religiosos indígenas. Além destes, as orelhas-de-pau, muitos fungos de micorriza (associados a raízes) e importantes fungos de madeira, muitos dos quais causam enormes prejuízos econômicos. Basídios sem septos em forma de clava. Produzem 4 basidiósporos sobre projeções do basidio (os esterigmas).

O talo é um micélio constituído por células uninucleadas (micélio primário ou unicariótico) que constitui a geração gametofítica com um desenvolvimento reduzido. Este micélio pode multiplicar-se por formação de conídios ou oídios.
A reprodução sexuada ocorre por somatogamia ou espermatização e assim se formam células com um par de núcleos de sexos opostos (dicarion). A partir destes e por divisões conjugadas dos núcleos do dicarion diferenciam-se as hifas dicarióticas que constituem o micélio secundário que corresponde à geração esporofítica pois irá produzir os basídios com basidiósporos. Esta geração é muito mais desenvolvida que a gametofítica e todo o corpo frutífero (basidiocarpo) é constituído por hifas dicarióticas. Durante a divisão das células do micélio secundário ocorre a diferenciação de ansas de anastomose. Uma célula prestes a dividir-se emite uma curta saliência lateral encurvada para a base. Um dos núcleos migra para essa saliência e o outro mantém-se na célula inicial. Dividem-se simultaneamente. Um dos núcleos fica na saliência e isola-se por um septo. Diferencia-se outro com 2 núcleos de sexos opostos. Por fusão das 2 células uninucleadas, o núcleo que estava na saliência migra para a célula subterminal que fica binucleada. O micélio secundário ou dicariótico irá produzir o corpo frutífero ou basidiocarpo em regra macroscópico (micélio terciário). Neste, e na extremidade de algumas hifas dicarióticas diferenciam-se os basídios.
A célula terminal da hifa aumenta de tamanho e os 2 núcleos fundem-se. O núcleo diplóide resultante migra para a extremidade do basidio. Aí divide-se por meiose. No ápice do basidio desenvolvem-se 4 finas ramificações, os esterigmas. Estes dilatam-se na extremidade e cada núcleo haplóide migra para cada uma dessas dilatações. Forma-se depois um septo na sua base e a célula assim formada é um basidiósporo. Este germina num micélio primário. Os basídios, em regra, dispõem-se em paliçada constituindo o himênio.


O grupo tem grande importância econômica. Os basidiomicetes superiores se separam em dois grupos; de um lado os himenomicetes, com membrana esporófora exposta, e de outro os gasteromicetes, com membrana esporófora inclusa. Entre os primeiros estão os mais importantes fungos comestíveis e venenosos conhecidos. Também aí figuram os fungos destruidores de madeira. Psalliota campestris é o cogumelo de campo, ou cogumelo cultivado (champignon do comércio). Entre os venenosos ou repugnantes ao paladar podem ser citadosAmanita phalloides, o mais tóxico de todos, capaz de causar acidentes mortais, Russula emetica, de sabor picante, os Dictyophora, de cheiro e gosto desagradáveis.

Sub-Classe Heterobasidiomycetidae - Exemplar típico: Puccinia spp.
Basidios septados.


 
Compreende espécies causadoras de sérias doenças em plantas cultivadas, como sejam as ferrugens e os carvões. Ustilago maydisproduz o carvão do milho. Puccinia graminis é a ferrugem do trigo.
Muitos não formam basidiocarpos (produzem esporos em grupos - os soros). Ciclos de vida complexos envolvendo freqüentemente mais do que um hospedeiro (no caso dos parasitas) e a produção de diversos tipos especializados de esporos.

A "ferrugem" do trigo, uma linhagem de Puccinia graminis, cresce parasiticamente nas folhas e caules do trigo (outras linhagens ocorrem em outros cereais), absorvendo materiais do protoplasma do hospedeiro. Na maturidade, as hifas de P. graminis irrompem em lesões localizadas nas folhas e caules do hospedeiro, produzindo um grande número de esporos ferrugíneos (uredósporos) que repetem o ciclo, infectando assim muitas novas plantas. Pelo menos quatro tipos adicionais de células reprodutoras são produzidos no ciclo de vida deste fungo.

Bibliografia:http://wwwbiologiareinofungi.blogspot.com.br/2011/04/classificacao-dos-fungos.html

Classe reino fungi:Deuteromycetes

Exemplares: Aspergillus spp.Penicilium spp. Estes Fungos, também chamados Fungos Imperfeitos, não possuem (porque não se conhece) reprodução sexuada. A sua única forma de se reproduzirem é a forma assexuada (produção de esporos exógenos).
Algumas das espécies pertencentes a esta sub-divisão têm uma grande importância a nível da indústria da produção do vinagre (Aspergillus nigra) e na indústria farmacêutica, na produção de antibióticos (Penicilium notatum e P. crysogenum).
Esporângios de um Penicilium. O gênero Penicillium (fungo azul-verde) é utilizado na manufatura de queijos, na produção de antibióticos, e na produção de enzimas.


Bibliografia:http://wwwbiologiareinofungi.blogspot.com.br/2011/04/classificacao-dos-fungos.html

Classe reino fungi: phycomycetes

Exemplares típicos: Rhizopus spp.Mucor spp (Bolor negro do pão). Usualmente saprófitos. Corpo tipicamente miceliano, sem septos, e haplóide. Parede celular com quitina + citosanas. Talo geralmente sifonado. Têm o talo unicelular nas formas mais primitivas, formado de filamentos (chamados hifas) tubulares, multinucleados, não septados, ramificados, nas mais adiantadas. Guardam analogia com as algas verdes com respeito á estrutura e a sua reprodução. A esta classe pertencem os mofos, como o mofo pão e outros que atacam os tecidos em ambiente úmido. São saprófitos. Alguns são parasitas de plantas. Os mofos produzem tal quantidade de esporos, que sempre existem alguns deles no ar. Como exemplos de ficomicetes, pode-se citar:Plasmodiophora brassicae, causador da "hérnia da couve"; Rhizopus nigricans, o mofo preto do pão; Saprolegnia, que é um gênero de ficomicetes aquáticos vivendo sobre detritos e peixes; e Empusa muscae, que prolifera sobre as moscas, matando-as à maneira de uma epidemia. A importância desse grupo advém de seu significado econômico, porquanto atacam especialmente, plantas e animais (peixes), causando perda de alimentos e desperdício de esforços. Exemplo significativo da obra destruidora destes fungos é a doença denominada "podridão" ou "míldio da batateira", causadora da destruição das plantações de batata na Irlanda, em 1845-46, que matou de fome milhares de pessoas. O agente ocasionador deste míldio é o ficomicete Phytophtora infestans, que passa o inverno nos tubérculos doentes e desenvolve-se na primavera, matando os jovens. Contribuem, por outro lado, de modo benéfico para os processos de mineralização da matéria orgânica que restituem aos solos substâncias molecularmente pouco complicadas e que ajudam a conservar-lhes a fertilidade. Produzem esporos sempre imóveis em número indefinido. A reprodução assexuada é assegurada pela diferenciação de esporângios pedunculados. Os esporângios são esféricos e suportados por hifas eretas ou esporangióforos. A porção central do esporângio torna-se altamente vacuolizada, constituindo a columela. A zona periférica é a zona do esporângio que suporta os esporos. No interior do esporângio o citoplasma fragmenta-se em porções em regra plurinucleadas, os esporos. Quando os esporos atingem a maturidade dá-se a ruptura da parede do esporângio e a libertação dos esporos.
A reprodução sexuada é assegurada por pares de filamentos sexuais de sexos opostos. Quando as hifas de sexos opostos + e - entram em contato há dilatação das suas extremidades, diferenciando-se os progametângios. Seguidamente há a formação de um septo perto da extremidade do progametângio separando-se duas células: o gametângio terminal e o suspensor. Quando os gametângios entram em contato, as paredes dissolvem-se e os conteúdos plurinucleares dos gametângios fundem-se num zigoto por cistogamia. Inicialmente, o zigoto fica com pares de núcleos de sexos opostos. Os núcleos que não emparelham degeneram. Os núcleos emparelhados fundem-se por cistogamia mas a seguir todos os núcleos diplóides degeneram à exceção de um que depois se divide no momento da germinação, por meiose, degenerando 3 dos 4 núcleos resultantes. Entretanto, a nova célula resultante da cistogamia aumenta de tamanho, aumenta a espessura da parede e esta torna-se ornamentada. A esta célula dá-se o nome de zigósporo. A germinação do zigósporo ocorre quando as condições se tornam favoráveis e processa-se em regra por diferenciação de um tubo germinativo com aspecto de hifa, formando um esporângio pediculado no qual se formam esporos haplóides que germinam num novo gametófito haplóide.



Bibliografia:http://wwwbiologiareinofungi.blogspot.com.br/2011/04/classificacao-dos-fungos.html

Ascomicetos classe de fungos.

Reúnem a maioria das espécies e podem ser unicelulares como as leveduras ou ainda espécies formadoras de hifas. Muitos destes fungos formam micorrizas associadas principalmente em orquídeas. Podem ser encontrados em troncos em decomposição ou no solo.
As leveduras se reproduzem assexuadamente por brotamento. A característica marcante dos ascomicetos formadores de hifas, é a formação de esporos na fase sexuada chamados de ascósporos que se formam no interior de ascos (sacos). No entanto, na fase assexuada formam-se esporos na sua extremidade chamados de conidiósporo.
Utilização:

  • A levedura Sccharomyces cerevisiae obtem energia tanto na presença quanto na ausência de oxigênio, chamadas então de anaeróbios facultativos, devido a esta característica é muito utilizada na fermentação de massas para a produção de pães, e bebidas alcoólicas como os vinhos e cervejas.
        
  • As trufas e os gêneros Morchella são muitos utilizados na culinária, principalmente na Europa.
Morchella

Trufas

São capazes de produzir substâncias que podem servir como antibióticos usados no combate à bactérias, como os indivíduos do gênero Penicillium.


  • Outras espécies são prejudiciais à saúde humana como o ascomiceto Claviceps purpúrea, encontrado nos grãos e cereais, produzindo através da decomposição o ácido lisérgico precursor do LSD, uma droga ilegal.

  • Fungos do gênero Aspergillus são produtores de toxinas chamadas de aflotoxinas, que são potentes substâncias cancerígenas, causando danos ao fígado.
  • Existem ascomicetos usados na indústria de laticínios para a produção de queijos roquerfort e camembert.

Camembert


Roqueforti

Bibliografia:http://micologiananet.blogspot.com.br/2010/05/ascomicetos.html

Reino fungi:introdução

No reino fungi é onde ficam os fungos, organismos geralmente macroscópios (que podem ser vistos à olho nu),eucariontes, heterótrofos. Os representantes mais conhecidos são o bolor de pãomofoorelha de pau, leveduras e o cogumelo . São estudados pela Micologia.




Estrutura

Os fungos são compostos por Hifas, que são filamentos de células que formam uma rede, chamada de micélio. Este, se extende até o alimento, e realiza a absorção de seus nutrientes (veja "Alimentação").


A divisão das hifas em células é incompleta, caso em que elas são chamadas de septadas e as barreiras divisórias são chamadas septos, ou ausente, caso em que elas são chamadas asseptadas ou cenocíticas. Os Fungos geralmente possuem paredes celulares feitas com quitina  e outros materiais. As hifas podem ser modificadas para produzir estruturas celulares altamente especializadas. Por exemplo, fungos que parasitam plantas possuem haustórios que perfuram as células da planta e digerem as substâncias no seu interior; alguns fungos que vivem no interior do solo capturam vermes e outros pequenos animais.

Alimentação

Os fungos não possuem clorofila, como nas plantas, por isso não podem realizar fotossíntese, e consequentemente, não produzem seu próprio alimento. Eles soltam ao seu redor uma substância chamada exoenzima, que é praticamente igual à uma enzima digestiva. Essas enzimas digerem moléculas organicas do ambiente, e então o fungo absorve o seu alimento que foi digerido pelas exoenzimas.
Existem dois nichos ecológicos para os fungos: decompositores e parasitas. A diferença entre os dois é que os parasitas se fixam em organismos vivos, enquanto os decompositores se fixam em organismos mortos. Os parasitas ainda podem ser insectívoros ou helmintívoros, respectivamente, comedores de insetos ou minhocas. O primeiro, libera uma substância pegajosa à sua volta, onde moscas e pequenos insetos ficam presos e são digeridos pelas exoenzimas. O segundo, o fungo libera substâncias tranquilizantes que imobilizam as minhocas.

Reprodução

Os fungos terrestres podem se reproduzir sexuada e assexuadamente.

Reprodução Assexuada

Penicillium, um tipo de fungo terrestre, gere através da mitose, células chamadas conidiósporos, que são jogadas no ambiente. Cada uma dessas células poderá gerar um novo ser, dependendo do local onde cair (como um pão, ou frutas).

Reprodução Sexuada

Um ótimo exemplo de fungo que se reproduz sexuadamente é o champigno, muito utilizada na  culinária de alguns países. Ele é um cogumelo (corpo de frutificação) que produz esporângios com formato de raquete de tênis, que se chamam basídios. Dentro de cada basídio ocorre uma meiose, originando quatro células, chamadas de basidiósporos. Eles são liberados no ambiente através do brotamento, a partir do basídio. Os basidiósporos irão se desenvolver em local apropriado, feito pelo criador de champignons. Ele também irá organizar um micélio haplóide. A junção de hifas haplóides origina um micélio diplóide. Este, irá crescer e se tornar um cogumelo, completando o ciclo.


Bibliografia:http://www.infoescola.com/biologia/reino-fungi-fungos-cogumelos/

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Serpente do mar (Ophiuroidea)

Na subdasse esteleróidea Ophiuroidea, os longos e estreitos braços são nitidamente separados do disco central.
Considera-se os ofiuróides como o mais bem sucedido grupo de equinodermos.
Seu sucesso provavelmente está relacionado á sua motilidade, diversidade de hábitos alimentares e pequeno tamanho.
Todas estas características permitiram que os ofiuróides explorassem habitats inacessíveis aos outros equinodermos.
Os ofiuróides movem-se rapidamente saltando e impelindo-se com seus braços flexíveis. Os espinhos braquiais laterais fornecem a tração.
Os braços são ocupados por grandes ossiculos (vértebras) que se articulara entre si em uma coluna horizontal.
Os músculos intervertebrais são responsáveis pelo movimento. A maior parte dos ofiúros pode mover seus braços apenas lateralmente mas, nos gorgonocefalideos, a articulação vertebral permite o movimento em qualquer direção, podendo os braços ser enrolados.
Os pés arnbulacrários não são usados para a locomoção.
As vértebras são cobertas por ossiculos superficiais achatados chamados escudos aos quais estão associados os espinhos. Os ossiculos vertebrais restringem o celoma a uma pequena câmara dorsal.
Correlacionada á redução do celoma o sistema hidrovascular não tem ampolas. Os canais laterais e radiais assumem a função das ampolas. O madreporito localiza-se em um dos escudos orais.
O reduzido celoma braquial restringe a maior parte das trocas gasosas a cinco pares de invaginações em forma de bolsa (as bolsas respiratórias) no lado oral do disco.
A alimentação dos ofiuróides inclui, em uma dada espécie, um ou todos os seguintes mecanismos: alimentação saprofágica recolhendo o alimento com os braços, alimentação de depósitos usando os pés ambulacrários e alimentação de suspensões usando os pés ambulacrários e filamentos mucosos estendidos entre os espinhos. Estes métodos permitem a muitas espécies alimentarem-se sem abandonar seus refúgios protetores. A principal função dos pés ambulacrários nos ofiuróides é a de coleta e transporte de alimento. Os gorgonocefalideos usam seus braços para formar um leque parabólico perpendicular à corrente de água e capturar zooplâncton com as pontas das ramificações dos braços.
As gônadas dos ofiuróides estão associadas ao lado celomático das bolsas respiratórias as quais fornecem uma saída para os gametas e servem de local de desenvolvimento para as espécies incubadoras. Nas espécies não-incubadoras, o desenvolvimento leva a uma larva ofioplúteo a qual sofre metamorfose antes de instalar-se.
Classe Ophiuroidea

Bibliografia:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-equinodermata/classe-ophiuroidea.php

Lírio do mar (Crinoidea)

 Até a metade do século XIIX ainda era muito popular a teoria de que a vida marinha não poderia existir em grandes profundidades, mas ao contrario do que se esperava, foram encontrados uma imensa variedades de organismos ao realizar dragagens profundas, incluindo um curiosos organismo muito parecido com uma flor, tecnicamente conhecido como CRINÓIDE DE PEDÚNCULO. A descoberta causou muita sensação na época, pois os crinóides de pedúnculo eram conhecidos somente por fósseis com milhões de anos e por isso pensava-se que era um grupo de animais já extinto.


 Más além de persistir nas profundezas até os dias de hoje, os crinóides possuem ainda um outro representante de águas rasas, os crinóides-comatulideos ou simplesmente lírios do mar.
Os lírios-do-mar que vivem nos recifes de corais devem seu nome popular aos seus parentes que vivem nas profundezas, estes sim com aparência semelhante a um lírio.


Os lírios do mar representam uma das cinco classe de criaturas que compõem o filo dos equinodermos, que inclui, estrelas do mar, ouriço do mar, ofiúros e pepinos do mar. Todos os equinodermos têm importantes caracteristicas em comum: Simetria radial, baseada em um corpo com cinco lados; canais internos preenchidos com água que compõem o sistema hidrovascular e com o qual promovem a circulação de nutrientes, gases e a locomoção; e um esqueleto calcário composto por pequenas placas interconectadas ao longo do corpo.


 O Crinóide de pedúnculo possui o corpo em forma de um cálice com pequenos braços em sua borda, apoiado sobre uma estrutura longa em forma de haste, o pedúnculo, com o qual o animal se fixa ao fundo.


 A anatomia dos lírios do mar encontrados nos rasos recifes de corais é basicamente formada por um disco central, composto por placas calcárias, rodeada por longos e flexíveis braços que se estendem deste disco. No lugar do pedúnculo possuem uma série de grossos cílios em forma de gancho que usam para se ancorar junto ao fundo. Pequenos apêndices laterais ao longo dos braços chamados pínulas, são responsáveis pela captura de alimento.


Os crinóides se diferenciam dos outros equinodermos justamente pela posição de sua boca, localizada na parte de cima do corpo em contraste com as estrelas e ouriços do mar que possuem a boca voltada para baixo. Os lírios do mar se alimentam de plâncton e pequenas partículas orgânicas levadas pela água e capturam o alimento filtrando a água trazida pelas correntes. Pensava-se que os lírios era passivos receptadores de detritos que caem da superfície em direção ao fundo marinho,ou que utilizavam seus braços para capturar ativamente alimento, porém seus braços não servem somente como filtro mas também pra se locomover.


 Quando estão se alimentando os lírios do mar posicionam seus braços a filtrar o máximo possível da água do mar com as inúmera pínulas dispostas de maneira a formar uma estrutura semelhante a uma "rede de pesca" com a qual captura as partículas alimentares e plâncton. Os lírios do mar preferem viver em profundidades intermediárias evitando o batimento das ondas próximas a superfície. É comum encontra-los no topo dos corais, esponjas ou qualquer outro cabeço recifal que os coloquem que os coloquem em local privilegiado para a captura de plâncton mas são particularmente exigentes em relação às condições de correnteza e deslocamento de água.


 Uma correnteza muito forte pode arranca-los de sua base e, por outro lado, um deslocamento de água muito fraco significa um buffet planctônico com poucas opções.


 Uma grande variedade de peixes incluindo cângulos, baiacus, budiões, enxadas e peixes borboleta se alimentam deles. Esses ataques não chegam a ser fatais pois como todos equinodermos, os lírios do mar tem um alto poder de regeneração.


 Outra estratégia utilizada pelos crinóides é o comportamento noturno, mantendo-se escondidos durante o dia e evitando assim os peixes predadores, que normalmente necessitam da luz do sol para localizar suas presas.





Bibliografia:http://mundomarinhobr.blogspot.com.br/2011/11/lirios-do-mar.html

Bolacha do mar (Echinoidea)

As Bolachas da praia (Encope emarginata) pertencem ao filo dos equinodermos, juntamente com seus parentes o ouriço do mar, pepino do mar, lírio do mar, e habitam áreas rasas, se enterrando um pouquinho na areia, o formato achatado facilita este processo, justificando  a referência de seu nome.

Estes  animais possuem um esqueleto calcário interno (endoesqueleto) que se mantém normalmente inteiro após a morte,  podendo  ser encontrado jogado na praia, entre conchas vazias e outros restos de animais e vegetais, sua boca fica na parte inferior ventral, alimentando-se de partículas orgânicas da areia ou do lodo.

Ao contrário de seus primos ouriços elas não possuem espinhos, se você pegar uma delas na palma da mão, provavelmente sentirá ela se mexendo, se estiver viva é óbvio, ela se locomove graças aos seu pés ambulacrários, alguns deles são modificado em brânquias e é através delas que se dá a respiração..

Não existe nos outros seres vivos sistema semelhante ao ambulacrário. Esse sistema começa com uma placa perfurada, situada no dorso do animal, por onde a água do mar penetra em seu corpo. A água passa por um sistema de canais dentro do animal e vai até os pés ambulacrários. Quando a musculatura existente nesses pés se relaxa, a água penetra neles, distendendo-os e quando ela se contrai, a água volta para o interior dos canais e os pés se recolhem. Esse movimento de distensão e recolhimento dos pés é que permite a locomoção do animal. Eles nunca nadam, apenas andam. Suas larvas flutuam levadas pelas correntes.

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Bibliografia:http://www.conscienciacomciencia.com.br/2010/01/02/vai-uma-bolacha-da-praia-ai/

Pepino do mar (Holothuroidea)

Os pepinos do mar podem dever o seu nome à semelhança que têm com esse legume das nossas hortas, mas na realidade são animais marinhos, parentes muito próximos das Estrelas-do-mar e dos ouriços-do-mar, apesar de a estes não se assemelharem muito, pelo menos superficialmente.

Constituem um grupo numeroso, com cerca de 1250 espécies, do filo Echinodermata – a classe Holothuroidea, pelo que também são conhecidas como Holotúrias. São uma classe antiga, cujos membros actuais resultam de 540 milhões de anos de evolução desde o seu aparecimento nos fundos oceânicos (Lambert, 1995).

As holotúrias podem ser encontradas desde a zona intertidal até aos fundos das maiores fossas oceânicas em todos os oceanos do mundo, alimentando-se essencialmente de matéria orgânica em suspensão ou depositada no substrato ou de pequenos animais que capturam com os pés ambulacrários.

Bem adaptadas ao seu ambiente, possuem corpos tubulares alongados, com a boca e o ânus em extremidades opostas. O corpo é essencialmente constituído por músculos e tecido conectivo, não apresentam esqueleto ósseo, mas possuem inúmeras placas calcárias que consoante a contracção dos músculos, dão maior ou menor consistência ao corpo. Apresentam texturas variadas desde rugosa a muito suave, e em cores cobrem todos os espectros existentes.


Na grande maioria possuem os corpos cobertos de pequenos pés ambulacrários (apenas uma das 6 ordens que constituem esta classe não apresenta estas estruturas), que podem ter as mais diversas disposições na parede corporal. São animais de deslocação lenta, que recorrem tanto aos pés ambulacrários como ao movimento ondulatório do seu corpo, muito semelhante aos das lagartas, ou mesmo a movimentos natatórios.

São animais de crescimento lento que só atingem a maturidade entre os 5 e os 8 anos, podem, no entanto e consoante a espécie, atingir tamanhos consideráveis, variando o intervalo de tamanhos entre o 1 cm e os 5 m de comprimento.
O comportamento sedentário e o corpo mole da maioria das holotúrias coloca-as à mercê dos predadores, no entanto, elas desenvolveram substâncias químicas – toxinas, que os afastam, mas no arsenal defensivo das holotúrias estão também os tubos de Cuvier, uma estrutura filamentosa, extremamente adesiva e também de elevado grau tóxico, que são eviscerados quando as holotúrias são atacadas, molestadas ou simplesmente manuseadas. A evisceração é uma das suas mais particulares características, a outra é a sua capacidade de regenerarem os órgãos, vísceras e parte do sistema respiratório, que perdem com a evisceração.
Bibliografia:http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Sistemas-Aquaticos/content/4685-Pepinos-do-mar--um-legume-ou-um-animal?bl=1&viewall=true

Ouriço do mar (Echinoidea)

Dotado de carapaça e protegido por espinhos longos e venenosos, o ouriço-do-mar percorre regiões próximas ao litoral, nutre-se principalmente de algas e se enterra nos fundos arenosos para fugir de predadores.
Ouriço-do-mar é um invertebrado pertencente à classe dos equinóides, filo dos equinodermos, o mesmo das estrelas-do-mar e das holotúrias. Caracteriza-se pelo esqueleto calcário, que se situa logo abaixo da pele e é formado de uma série de placas unidas entre si sem fissuras. Apresenta, além dessas, outras formações bem típicas, as pedicelárias, pequenas pinças usadas para afastar da superfície do corpo os organismos estranhos que aí se fixem.
Os ouriços regulares, que constituem a maioria, têm corpo esférico e de cores variadas -- branca, preta, marrom ou lilás-esverdeada. Os ouriços irregulares, revestidos de espinhos muito pequenos, são mais ou menos ovais e achatados. As placas da carapaça, dispostas em fileiras, vão de um ao outro pólo do corpo e configuram dez meridianos: cinco sem perfuração e cinco com orifícios pelos quais passa uma série de tubos -- os pés ambulacrários. Estes se ligam a canais internos cheios de água que ao ser injetada faz com que os pés se estendam e permitam o deslocamento do animal ou sua fixação a um suporte.
Seu alimento básico são as algas, mas os ouriços-do-mar também se nutrem de materiais orgânicos, plantas e animais, vivos ou mortos. O aparelho mastigador típico, a lanterna-de-aristóteles, compõe-se de cinco placas calcárias cujas bases se embutem no corpo e cujos ápices se projetam para a face ventral, onde as pontas dos dentes ficam em relevo.  Tais placas são acionadas por músculos que as movimentam para dentro e para fora da carapaça, enquanto outros músculos controlam a ação dos dentes. Os ouriços irregulares alimentam-se de partículas muito pequenas e não têm lanterna-de-aristóteles.
Os sexos são separados. O aparelho reprodutor é simples e a fecundação é externa: esperma e óvulos são lançados ao mar por contração da musculatura das gônadas, e a fecundação processa-se dentro da água. Há cerca de 700 espécies de ouriços-do-mar em todo o mundo. Entre as muitas que ocorrem no Brasil, estão as dos gêneros Eucidaris, Echinometra e Lytechinus.


Bibliografia:http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=3134

Estrelas do mar (Asteroidea)

As estrelas-do-mar são animais marinhos e carnívoros, pertencem à classe dos equinodermos, que se caracterizam pelo esqueleto calcário sobre a pele. Apesar da sua aparência inofensiva, são conhecidas como sendo animais vorazes e predadores.
Consoante a espécie de que se trata, o seu corpo apresenta características diferentes, ou seja, tanto pode ser liso, granulado ou apresentar alguns espinhos bem salientes e por vezes venenosos, que servem como proteção (principalmente no caso dos ouriços-do-mar) contra os seus predadores. Em algumas espécies é possível verificar ainda a existência de pequenas pinças (pedicelárias) que têm como função a defesa e a limpeza da superfície corporal.
O corpo da estrela-do-mar é formado por um disco central e a grande maioria das espécies têm cinco braços, no entanto há algumas que chegam a ter 40, o que significa que o número de braços varia de família para família. Estes animais têm grande poder de regeneração, ou seja, se um braço for ferido ou amputado, nasce um novo no seu lugar. No entanto, esta característica regenerativa pode demorar um ano até estar concluída.

Apesar do seu corpo ser duro e rígido, e poder ser partido em várias partes, a verdade é que a estrela-do-mar tem grande flexibilidade de movimento, conseguindo dobrar-se e girar os seus braços, sem que qualquer movimento fique comprometido no seu espaço aquático.
Tanto o seu tamanho, como a sua cor também variam de espécie para espécie, mas por norma têm entre 12 e 14 centímetros, podendo no máximo atingir um metro de diâmetro; no que respeita à cor apresentam cores vivas e brilhantes como o vermelho, o azul ou o laranja, podendo muitas das vezes serem luminescentes.
Não têm cabeça, cérebro, nem cauda. As estrelas-do-mar usam células dérmicas sensitivas para detetarem cheiros e os seus movimentos são condicionados pela contração e pela distensão dos seus pés ambulacrários, isto é, sistema interno de tubos flexíveis utilizado para subir rochas ou endireitar o corpo quando fica ao contrário.
As estrelas-do-mar alimentam-se essencialmente de moluscos, ostras, vermes, corais e bivalves, e a captura destas presas processa-se da seguinte forma: em primeiro lugar a presa é envolvida com o corpo e através da força dos seus braços e pés ambulacrários, vai exercendo uma pressão contínua, que ao fim de algum tempo faz com que a vítima acabe por se cansar e ceder.
As estrelas-do-mar  não conseguem mastigar os alimentos, por isso, para se alimentarem, lançam o estômago pela boca, situada no centro da superfície oral e direcionada para baixo, para posteriormente as enzimas digestivas serem segregadas, permitindo assim a absorção do alimento.
 A reprodução acontece de duas formas: sexuada e assexuada. Na reprodução sexuada dá-se a libertação dos gametas na água e a fertilização externa. Por norma o ovo fecundado desenvolve-se numa larva livre-natante de simetria bilateral que sofrerá uma metamorfose para posteriormente se tornar num adulto de simetria radial.
No caso da reprodução assexuada, a fecundação é feita essencialmente através da regeneração, ou seja, tal como vimos anteriormente se um dos braços for amputado nasce um novo no seu lugar, mas por vezes pode mesmo desenvolver uma estrela-do-mar nova.
Estrelas-do-mar
Bibliografia:http://www.curiosidadesdomundo.com/curiosidades-sobre-estrelas-do-mar/