quarta-feira, 28 de maio de 2014

Serpente do mar (Ophiuroidea)

Na subdasse esteleróidea Ophiuroidea, os longos e estreitos braços são nitidamente separados do disco central.
Considera-se os ofiuróides como o mais bem sucedido grupo de equinodermos.
Seu sucesso provavelmente está relacionado á sua motilidade, diversidade de hábitos alimentares e pequeno tamanho.
Todas estas características permitiram que os ofiuróides explorassem habitats inacessíveis aos outros equinodermos.
Os ofiuróides movem-se rapidamente saltando e impelindo-se com seus braços flexíveis. Os espinhos braquiais laterais fornecem a tração.
Os braços são ocupados por grandes ossiculos (vértebras) que se articulara entre si em uma coluna horizontal.
Os músculos intervertebrais são responsáveis pelo movimento. A maior parte dos ofiúros pode mover seus braços apenas lateralmente mas, nos gorgonocefalideos, a articulação vertebral permite o movimento em qualquer direção, podendo os braços ser enrolados.
Os pés arnbulacrários não são usados para a locomoção.
As vértebras são cobertas por ossiculos superficiais achatados chamados escudos aos quais estão associados os espinhos. Os ossiculos vertebrais restringem o celoma a uma pequena câmara dorsal.
Correlacionada á redução do celoma o sistema hidrovascular não tem ampolas. Os canais laterais e radiais assumem a função das ampolas. O madreporito localiza-se em um dos escudos orais.
O reduzido celoma braquial restringe a maior parte das trocas gasosas a cinco pares de invaginações em forma de bolsa (as bolsas respiratórias) no lado oral do disco.
A alimentação dos ofiuróides inclui, em uma dada espécie, um ou todos os seguintes mecanismos: alimentação saprofágica recolhendo o alimento com os braços, alimentação de depósitos usando os pés ambulacrários e alimentação de suspensões usando os pés ambulacrários e filamentos mucosos estendidos entre os espinhos. Estes métodos permitem a muitas espécies alimentarem-se sem abandonar seus refúgios protetores. A principal função dos pés ambulacrários nos ofiuróides é a de coleta e transporte de alimento. Os gorgonocefalideos usam seus braços para formar um leque parabólico perpendicular à corrente de água e capturar zooplâncton com as pontas das ramificações dos braços.
As gônadas dos ofiuróides estão associadas ao lado celomático das bolsas respiratórias as quais fornecem uma saída para os gametas e servem de local de desenvolvimento para as espécies incubadoras. Nas espécies não-incubadoras, o desenvolvimento leva a uma larva ofioplúteo a qual sofre metamorfose antes de instalar-se.
Classe Ophiuroidea

Bibliografia:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/filo-equinodermata/classe-ophiuroidea.php

Lírio do mar (Crinoidea)

 Até a metade do século XIIX ainda era muito popular a teoria de que a vida marinha não poderia existir em grandes profundidades, mas ao contrario do que se esperava, foram encontrados uma imensa variedades de organismos ao realizar dragagens profundas, incluindo um curiosos organismo muito parecido com uma flor, tecnicamente conhecido como CRINÓIDE DE PEDÚNCULO. A descoberta causou muita sensação na época, pois os crinóides de pedúnculo eram conhecidos somente por fósseis com milhões de anos e por isso pensava-se que era um grupo de animais já extinto.


 Más além de persistir nas profundezas até os dias de hoje, os crinóides possuem ainda um outro representante de águas rasas, os crinóides-comatulideos ou simplesmente lírios do mar.
Os lírios-do-mar que vivem nos recifes de corais devem seu nome popular aos seus parentes que vivem nas profundezas, estes sim com aparência semelhante a um lírio.


Os lírios do mar representam uma das cinco classe de criaturas que compõem o filo dos equinodermos, que inclui, estrelas do mar, ouriço do mar, ofiúros e pepinos do mar. Todos os equinodermos têm importantes caracteristicas em comum: Simetria radial, baseada em um corpo com cinco lados; canais internos preenchidos com água que compõem o sistema hidrovascular e com o qual promovem a circulação de nutrientes, gases e a locomoção; e um esqueleto calcário composto por pequenas placas interconectadas ao longo do corpo.


 O Crinóide de pedúnculo possui o corpo em forma de um cálice com pequenos braços em sua borda, apoiado sobre uma estrutura longa em forma de haste, o pedúnculo, com o qual o animal se fixa ao fundo.


 A anatomia dos lírios do mar encontrados nos rasos recifes de corais é basicamente formada por um disco central, composto por placas calcárias, rodeada por longos e flexíveis braços que se estendem deste disco. No lugar do pedúnculo possuem uma série de grossos cílios em forma de gancho que usam para se ancorar junto ao fundo. Pequenos apêndices laterais ao longo dos braços chamados pínulas, são responsáveis pela captura de alimento.


Os crinóides se diferenciam dos outros equinodermos justamente pela posição de sua boca, localizada na parte de cima do corpo em contraste com as estrelas e ouriços do mar que possuem a boca voltada para baixo. Os lírios do mar se alimentam de plâncton e pequenas partículas orgânicas levadas pela água e capturam o alimento filtrando a água trazida pelas correntes. Pensava-se que os lírios era passivos receptadores de detritos que caem da superfície em direção ao fundo marinho,ou que utilizavam seus braços para capturar ativamente alimento, porém seus braços não servem somente como filtro mas também pra se locomover.


 Quando estão se alimentando os lírios do mar posicionam seus braços a filtrar o máximo possível da água do mar com as inúmera pínulas dispostas de maneira a formar uma estrutura semelhante a uma "rede de pesca" com a qual captura as partículas alimentares e plâncton. Os lírios do mar preferem viver em profundidades intermediárias evitando o batimento das ondas próximas a superfície. É comum encontra-los no topo dos corais, esponjas ou qualquer outro cabeço recifal que os coloquem que os coloquem em local privilegiado para a captura de plâncton mas são particularmente exigentes em relação às condições de correnteza e deslocamento de água.


 Uma correnteza muito forte pode arranca-los de sua base e, por outro lado, um deslocamento de água muito fraco significa um buffet planctônico com poucas opções.


 Uma grande variedade de peixes incluindo cângulos, baiacus, budiões, enxadas e peixes borboleta se alimentam deles. Esses ataques não chegam a ser fatais pois como todos equinodermos, os lírios do mar tem um alto poder de regeneração.


 Outra estratégia utilizada pelos crinóides é o comportamento noturno, mantendo-se escondidos durante o dia e evitando assim os peixes predadores, que normalmente necessitam da luz do sol para localizar suas presas.





Bibliografia:http://mundomarinhobr.blogspot.com.br/2011/11/lirios-do-mar.html

Bolacha do mar (Echinoidea)

As Bolachas da praia (Encope emarginata) pertencem ao filo dos equinodermos, juntamente com seus parentes o ouriço do mar, pepino do mar, lírio do mar, e habitam áreas rasas, se enterrando um pouquinho na areia, o formato achatado facilita este processo, justificando  a referência de seu nome.

Estes  animais possuem um esqueleto calcário interno (endoesqueleto) que se mantém normalmente inteiro após a morte,  podendo  ser encontrado jogado na praia, entre conchas vazias e outros restos de animais e vegetais, sua boca fica na parte inferior ventral, alimentando-se de partículas orgânicas da areia ou do lodo.

Ao contrário de seus primos ouriços elas não possuem espinhos, se você pegar uma delas na palma da mão, provavelmente sentirá ela se mexendo, se estiver viva é óbvio, ela se locomove graças aos seu pés ambulacrários, alguns deles são modificado em brânquias e é através delas que se dá a respiração..

Não existe nos outros seres vivos sistema semelhante ao ambulacrário. Esse sistema começa com uma placa perfurada, situada no dorso do animal, por onde a água do mar penetra em seu corpo. A água passa por um sistema de canais dentro do animal e vai até os pés ambulacrários. Quando a musculatura existente nesses pés se relaxa, a água penetra neles, distendendo-os e quando ela se contrai, a água volta para o interior dos canais e os pés se recolhem. Esse movimento de distensão e recolhimento dos pés é que permite a locomoção do animal. Eles nunca nadam, apenas andam. Suas larvas flutuam levadas pelas correntes.

familia 035

Bibliografia:http://www.conscienciacomciencia.com.br/2010/01/02/vai-uma-bolacha-da-praia-ai/

Pepino do mar (Holothuroidea)

Os pepinos do mar podem dever o seu nome à semelhança que têm com esse legume das nossas hortas, mas na realidade são animais marinhos, parentes muito próximos das Estrelas-do-mar e dos ouriços-do-mar, apesar de a estes não se assemelharem muito, pelo menos superficialmente.

Constituem um grupo numeroso, com cerca de 1250 espécies, do filo Echinodermata – a classe Holothuroidea, pelo que também são conhecidas como Holotúrias. São uma classe antiga, cujos membros actuais resultam de 540 milhões de anos de evolução desde o seu aparecimento nos fundos oceânicos (Lambert, 1995).

As holotúrias podem ser encontradas desde a zona intertidal até aos fundos das maiores fossas oceânicas em todos os oceanos do mundo, alimentando-se essencialmente de matéria orgânica em suspensão ou depositada no substrato ou de pequenos animais que capturam com os pés ambulacrários.

Bem adaptadas ao seu ambiente, possuem corpos tubulares alongados, com a boca e o ânus em extremidades opostas. O corpo é essencialmente constituído por músculos e tecido conectivo, não apresentam esqueleto ósseo, mas possuem inúmeras placas calcárias que consoante a contracção dos músculos, dão maior ou menor consistência ao corpo. Apresentam texturas variadas desde rugosa a muito suave, e em cores cobrem todos os espectros existentes.


Na grande maioria possuem os corpos cobertos de pequenos pés ambulacrários (apenas uma das 6 ordens que constituem esta classe não apresenta estas estruturas), que podem ter as mais diversas disposições na parede corporal. São animais de deslocação lenta, que recorrem tanto aos pés ambulacrários como ao movimento ondulatório do seu corpo, muito semelhante aos das lagartas, ou mesmo a movimentos natatórios.

São animais de crescimento lento que só atingem a maturidade entre os 5 e os 8 anos, podem, no entanto e consoante a espécie, atingir tamanhos consideráveis, variando o intervalo de tamanhos entre o 1 cm e os 5 m de comprimento.
O comportamento sedentário e o corpo mole da maioria das holotúrias coloca-as à mercê dos predadores, no entanto, elas desenvolveram substâncias químicas – toxinas, que os afastam, mas no arsenal defensivo das holotúrias estão também os tubos de Cuvier, uma estrutura filamentosa, extremamente adesiva e também de elevado grau tóxico, que são eviscerados quando as holotúrias são atacadas, molestadas ou simplesmente manuseadas. A evisceração é uma das suas mais particulares características, a outra é a sua capacidade de regenerarem os órgãos, vísceras e parte do sistema respiratório, que perdem com a evisceração.
Bibliografia:http://naturlink.sapo.pt/Natureza-e-Ambiente/Sistemas-Aquaticos/content/4685-Pepinos-do-mar--um-legume-ou-um-animal?bl=1&viewall=true

Ouriço do mar (Echinoidea)

Dotado de carapaça e protegido por espinhos longos e venenosos, o ouriço-do-mar percorre regiões próximas ao litoral, nutre-se principalmente de algas e se enterra nos fundos arenosos para fugir de predadores.
Ouriço-do-mar é um invertebrado pertencente à classe dos equinóides, filo dos equinodermos, o mesmo das estrelas-do-mar e das holotúrias. Caracteriza-se pelo esqueleto calcário, que se situa logo abaixo da pele e é formado de uma série de placas unidas entre si sem fissuras. Apresenta, além dessas, outras formações bem típicas, as pedicelárias, pequenas pinças usadas para afastar da superfície do corpo os organismos estranhos que aí se fixem.
Os ouriços regulares, que constituem a maioria, têm corpo esférico e de cores variadas -- branca, preta, marrom ou lilás-esverdeada. Os ouriços irregulares, revestidos de espinhos muito pequenos, são mais ou menos ovais e achatados. As placas da carapaça, dispostas em fileiras, vão de um ao outro pólo do corpo e configuram dez meridianos: cinco sem perfuração e cinco com orifícios pelos quais passa uma série de tubos -- os pés ambulacrários. Estes se ligam a canais internos cheios de água que ao ser injetada faz com que os pés se estendam e permitam o deslocamento do animal ou sua fixação a um suporte.
Seu alimento básico são as algas, mas os ouriços-do-mar também se nutrem de materiais orgânicos, plantas e animais, vivos ou mortos. O aparelho mastigador típico, a lanterna-de-aristóteles, compõe-se de cinco placas calcárias cujas bases se embutem no corpo e cujos ápices se projetam para a face ventral, onde as pontas dos dentes ficam em relevo.  Tais placas são acionadas por músculos que as movimentam para dentro e para fora da carapaça, enquanto outros músculos controlam a ação dos dentes. Os ouriços irregulares alimentam-se de partículas muito pequenas e não têm lanterna-de-aristóteles.
Os sexos são separados. O aparelho reprodutor é simples e a fecundação é externa: esperma e óvulos são lançados ao mar por contração da musculatura das gônadas, e a fecundação processa-se dentro da água. Há cerca de 700 espécies de ouriços-do-mar em todo o mundo. Entre as muitas que ocorrem no Brasil, estão as dos gêneros Eucidaris, Echinometra e Lytechinus.


Bibliografia:http://www.biomania.com.br/bio/conteudo.asp?cod=3134

Estrelas do mar (Asteroidea)

As estrelas-do-mar são animais marinhos e carnívoros, pertencem à classe dos equinodermos, que se caracterizam pelo esqueleto calcário sobre a pele. Apesar da sua aparência inofensiva, são conhecidas como sendo animais vorazes e predadores.
Consoante a espécie de que se trata, o seu corpo apresenta características diferentes, ou seja, tanto pode ser liso, granulado ou apresentar alguns espinhos bem salientes e por vezes venenosos, que servem como proteção (principalmente no caso dos ouriços-do-mar) contra os seus predadores. Em algumas espécies é possível verificar ainda a existência de pequenas pinças (pedicelárias) que têm como função a defesa e a limpeza da superfície corporal.
O corpo da estrela-do-mar é formado por um disco central e a grande maioria das espécies têm cinco braços, no entanto há algumas que chegam a ter 40, o que significa que o número de braços varia de família para família. Estes animais têm grande poder de regeneração, ou seja, se um braço for ferido ou amputado, nasce um novo no seu lugar. No entanto, esta característica regenerativa pode demorar um ano até estar concluída.

Apesar do seu corpo ser duro e rígido, e poder ser partido em várias partes, a verdade é que a estrela-do-mar tem grande flexibilidade de movimento, conseguindo dobrar-se e girar os seus braços, sem que qualquer movimento fique comprometido no seu espaço aquático.
Tanto o seu tamanho, como a sua cor também variam de espécie para espécie, mas por norma têm entre 12 e 14 centímetros, podendo no máximo atingir um metro de diâmetro; no que respeita à cor apresentam cores vivas e brilhantes como o vermelho, o azul ou o laranja, podendo muitas das vezes serem luminescentes.
Não têm cabeça, cérebro, nem cauda. As estrelas-do-mar usam células dérmicas sensitivas para detetarem cheiros e os seus movimentos são condicionados pela contração e pela distensão dos seus pés ambulacrários, isto é, sistema interno de tubos flexíveis utilizado para subir rochas ou endireitar o corpo quando fica ao contrário.
As estrelas-do-mar alimentam-se essencialmente de moluscos, ostras, vermes, corais e bivalves, e a captura destas presas processa-se da seguinte forma: em primeiro lugar a presa é envolvida com o corpo e através da força dos seus braços e pés ambulacrários, vai exercendo uma pressão contínua, que ao fim de algum tempo faz com que a vítima acabe por se cansar e ceder.
As estrelas-do-mar  não conseguem mastigar os alimentos, por isso, para se alimentarem, lançam o estômago pela boca, situada no centro da superfície oral e direcionada para baixo, para posteriormente as enzimas digestivas serem segregadas, permitindo assim a absorção do alimento.
 A reprodução acontece de duas formas: sexuada e assexuada. Na reprodução sexuada dá-se a libertação dos gametas na água e a fertilização externa. Por norma o ovo fecundado desenvolve-se numa larva livre-natante de simetria bilateral que sofrerá uma metamorfose para posteriormente se tornar num adulto de simetria radial.
No caso da reprodução assexuada, a fecundação é feita essencialmente através da regeneração, ou seja, tal como vimos anteriormente se um dos braços for amputado nasce um novo no seu lugar, mas por vezes pode mesmo desenvolver uma estrela-do-mar nova.
Estrelas-do-mar
Bibliografia:http://www.curiosidadesdomundo.com/curiosidades-sobre-estrelas-do-mar/


Os Equinodermes Introdução:

Os equinodermes, que incluem entre outros, as estrelas-do-mar e os ouriços-do-mar, situam-se entre os invertebrados marinhos mais conhecidos. Actualmente, os equinodermes englobam cerca de 6000 espécies; a este número deverão ser adicionadas cerca de 16000 espécies conhecidas apenas pelos registros fosséis.

Na sua maioria, os equinodermes são espécies bentónicas marinhas, conhecendo-se apenas algumas espécies estuarinas e nenhuma espécie de água doce. A invasão da terra e da água doce foi-lhes vedada, dada a forma como se processam as trocas gasosas e a inexistência de estruturas de osmorregulação. Contudo, no ambiente marinho são amplamente distribuídos, não apenas geograficamente mas também em profundidade.

Os equinodermes têm cores muito diversas. As suas dimensões podem variar, desde menos de 1 cm de alguns pepinos-do-mar (holotúrias), até 1 metro de diâmetro de algumas estrelas-do-mar ou 2 metros de comprimento de algumas holotúrias.

Os equinodermes possuem as seguintes características mais marcantes: (1) um esqueleto interno (endoesqueleto), bem desenvolvido e espinhoso, formado porossículos constituídos sobretudo por carbonato de cálcio (95%) e por uma pequena percentagem de carbonato de magnésio (até 15%); (2) um sistema hidro-vascular (sistema ambulacrário) derivado do celoma que desempenha diversas funções e que forma um conjunto complexo de canais e reservatórios; (3)pedicelários, (4) brânquias dérmicas e (5) simetria radiada, geralmente pentarradiada no adulto (as larvas têm simetria bilateral).

Não existe nenhum outro grupo de animais com a complexidade estrutural dos equinodermes que tenha este tipo de simetria. Parece existir evidência de que os equinodermes tiveram antepassados com simetria bilateral (as larvas possuem-na). Para muitos zoólogos, a simetria radiada do adulto constitui uma adaptação à vida sedentária. Contudo, pelo menos três grupos de equinodermes (dois grupos de ouriços e os pepinos-do-mar) desenvolveram secundariamente formas com uma organização bilateral, apesar de muitos órgãos e do esqueleto manterem a organização pentarradiada.

Os equinodermes são um grupo muito antigo, conhecido pelo menos desde o período Câbrico (há cerca de 550 milhões de anos). Contudo, durante cerca de 100 anos foram colocados em grupos animais diversos, incluindo os moluscos e os cnidários. Em 1847 foram reconhecidos como um grupo (taxon) distinto (phylumEchinodermata). A controvérsia relativa à sua classificação continuou a persistir, mas agora dentro do próprio phylum. Alguns esquemas de classificação reconhecem a existência de 25 classes, outros reconhecem menos. Uma análise mais recente, baseada tanto nos exemplares fósseis como nas espécies actuais, sugere a existência de 6 classes nas formas vivas: Asteroidea (asteróides ou estrelas-do-mar), Ophiuroidea (ofiurídeos ou serpentes-do-mar), Echinoidea (equinóides ou ouriços), Holothuroidea (holotúrias ou pepinos-do-mar), Crinoidea (crinóides) e Concentricycloidea (concentriciclóides ou margaridas-do-mar; grupo pouco conhecido descoberto em 1983). Esta classificação não é aceite universalmente, mas é seguida por muitos autores. Foi esta classificação que aqui se considerou.


Bibliografia:http://www.biorede.pt/page.asp?id=3347